Só quem sobe no palco pode avaliar o que é um artista chegar a dizer que está sentindo o joelho, isso em uma apresentação cotidiana. Imagina em um
megashow de niver na praia de Copacabana.
Dá pra imaginar como o rei foi valente hoje, neste show de Natal. Quantos problemas teve que superar, técnicos e não técnicos, para honrar o compromisso que envolvia tanta gente. É rei, sim. a cada ano gosto mais. E não gostava muito, não, tirando as parcerias com
Erasmo, os
caracóis, aquela com
Isolda e mais uma ou duas, não curtia taaanto assim.
O primeiro pensamento inteligente que lembro de ter tido quando bem criança foi um tanto fatalista: um dia percebi que quando crescesse, também ia gostar mais de disco de música do que de
disco de historinha, isso era virar gente grande. Mal sabia eu que por trás de minhas historinhas já ouvia
João de Barro e
Gnatalli...
Pois bem, o primeiro disco de música que ganhei foi um compacto: "
Sentado à beira do Caminho" de Roberto e Erasmo. Amava. Ouvia e repetia. Alguém comentava - que música triste pra dar pra uma criança! - não me importava, era Música.
Depois, quando tinha aulas com o
Almir Chediak ainda rapaz, eu, nem pré-adolescente, ficava de saco cheio porque queria as músicas do
Caetano e Chico que ele ensinava à vizinha, mas pra mim ele só dava Roberto Carlos nunca entendi porque. Acabei parando e a única música que tocava melhorzinho era
Samba da Minha Terra dos Novos Baianos que eu também gostava muito...
Poi é, agora tantos anos depois me pergunto porque não aprendi a tocar violão, agora poderia tocar "
Olha", "
Jesus Cristo", "
Eu sou terrível"...
Parabéns ao Rei Roberto, espero que melhore rapidinho, que o show lhe dê muita endorfina para aplacar a dor e ficar legal antes de chegar 2011!
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