terça-feira, 31 de maio de 2011

No Brasil

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Encontros



Posso viver sem nunca mais encontrar um monte de gente que conheci nas várias andanças.

Mas se encontrar, imediatamente percebo o afeto conservado em mim, pronto para reconhecer a criança, a juventude, a vontade de criar, viver e descobrir, naquele rosto pelo qual o tempo passou. É um encontro de múltiplas dimensões.

Tem encontros intermitentes ou continuados, encontros lindos de sala de aula, de menos de 5 minutos, de café de padaria, de mais de 20 anos. Tem encontros de trabalho, de observar juntos uma luz ou uma cena casual, encontros de outras vidas, de amizade, de vizinhos de bairro, de amor, de planos para mudar o mundo, de viagens várias.

Geralmente não dá para saber o tempo de cada encontro.
O poetinha já sabia que o truque era ser infinito enquanto durasse.
Seja lá o que for esse durar, seja lá o que signifique a infinitude

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Decisão


Hoje não vou comentar o mundo.
Blog de janela fechada
pra se guardar
de besteira
de injustiça
do absurdo
do descaramento

da chuva

Só deixo uma frestinha
pra entrar o ar fresco
e a esperança

e quem quiser chegar
faça o favor
mas antes limpa o pé

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Para um dia de chuva


Coisa boa da vida
Um aconchego
Enquanto cai a chuva lá fora

(na foto: Shelly com havaiana)

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Guerreiros risonhos são cada vez mais necessários


Nada como um dia após o outro... com uma risada no meio... e uma maior ainda depois...

Hoje "O Enviado", do Duda Ribeiro fecha temporada no Hipódromo Up, no Rio. Ou melhor, fecharia: graças ao sucesso, continua durante as 4as feiras de junho!

Só olhar pra ele já deixa a gente alegre, imagina assistir.

Ele faz parte de uma galera
que batalha rindo
e fazendo rir ilumina caminho
é o pessoal do levanta-sacode
Muito a aprender com eles.
Vou levar lápis e caderno.

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Para começar bem a semana



Uma Ikebana, arranjo que é feito com amor para vibrar paz, harmonia e beleza para todos que estiverem em contato com ele, e também no ambiente em que estiver.
A autora desta é a pianista e artista plástica Fernanda Cruz.
Obrigada, Fernanda, por nos iluminar com a sua arte!

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sexta-feira, 20 de maio de 2011

MINI e macro




Um sonho virou post:
Parabéns para minha irmã,
que tem delicadeza para fazer um ornamento
e energia para projetar um big evento
que Deus a ilumine sempre
para ela continuar iluminando seu mundo
e a mim...

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Redentora? Não...

Depois dos bombeiros, os professores.
A fala vem do Rio Grande do Norte, mas pode se estender a todo Brasil. E tem toda propriedade. Infelizmente. mas vale a pena replicar acreditando na possibilidade de mudança OBJETIVA, como pede a Professora Amanda Gurgel.
http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/05/18/professora-amanda-gurgel-do-rn-fala-sobre-situacao-critica-da-educacao-vira-heroina-nas-redes-sociais-924489175.asp

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Herói


Nesse mundo que vai deixando a gente tão calejada, ainda são eles que sem capa e sem voar, deixam a gente torcendo e se emocionando, por muito mais que um gol. Embora gol seja emocionante, claro, a jogada deles vai além: salvar vidas na terra (ou sob ela) e no mar. Eles são os bombeiros, incluindo os salva-vidas.

Me chama a atenção o silêncio da midia sobre o assunto da greve deles.
Há matérias, mas mesmo frente a denúncias (como a de uso político), parece não haver pesquisa sobre o que é falado. As partes não são entrevistadas, não há debate.
Eles serem incluídos na Parada Gay ganhou mais destaque do que a reivindicação que fazem. Esta é uma polêmica menos embaraçosa?

Acho uma pena, como cidadã, gostaria de ser melhor informada. Certamente não sou a única. Dei uma pesquisada para ver se encontrava algum material interessante. Encontrei informativos - o melhor de todos fala sobre eles deixarem de lado a manifestação para apagar um incêndio no Centro. Foi difícil encontrar material opinativo. Não encontrei uma análise isenta. Talvez tenha pesquisado pouco. Mas certamente não está tão fácil de achar.

Também acho estranho, afinal eles dão IBOPE, não é? Basta ver a quantidade de horas dedicadas a salvamentos na televisão.

Sintoma desagradável é perceber que sem a sinalização da midia, parece que a população fica quase apática (fora irritar-se com direito pelos inconvenientes causados pela greve), não é com ela. O mesmo parece acontecer com a Dengue, outro assunto que cujo tratamento tem me intrigado. Será que estou mau-humorada?

Claro que há que evitar o uso político da manifestação e o crescimento da "banda podre" que vista daqui é mesmo desprezível.

Mas muito mais há que respeitar a "banda boa", imensa maioria nesse universo destemido e idealista. EBoa notícia, a suspensão da greve para negociação com o governo, que esta negociação seja bem sucedida.

Que eles (nós) possam (possamos) saber que há material adequado, recursos suficientes, apoio e condições para fazer o melhor trabalho para cada um de nós quando necessário (mesmo esperando que nunca seja necessário).

E que depois de uma jornada tão específica, o nosso herói vá para sua casa, curta sua família sem stress, ponha a cabeça no travesseiro e durma o sono dos justos, para o dia seguinte encontrá-lo cheio de gás para se dedicar a quem precisar.

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sábado, 14 de maio de 2011

Solidariedade é quentinha


Você conhece D Gelsa, D Natalina, ou D Eliane?
Nem eu, mas fiquei com vontade de conhecer.
São mulheres batalhadoras, e disso não falta nesse Brasilzão de meu Deus.

Elas estão na página do Minhaajudasuacasa que continua sua ação na Serra.

Vale a pena dar um pulo na página recém lançada: é o empurrãozinho que faltava para aquela vontade de por mãos à obra virar ação.

E a ação pode ser hoje mesmo: de 10h às 15h no Parque dos Patins na Lagoa, haverá recolhimento de artigos de frio para a Serra...

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terça-feira, 10 de maio de 2011

Hippie

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De costas

Papo vegetal

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domingo, 8 de maio de 2011

Desejo, acidente, karma, Escolha, Possibilidade, Privilégio, Exercício, Competência,Graça: MÃE


As mães, sempre que são MÃES, merecem PARABÉNS.
LONGA e BOA VIDA, SAÚDE, RECONHECIMENTO E FELICIDADE!

(As outras, mesmo não merecendo, provavelmente ganharão, nem que seja por formalidade. Lá no fundo, no entanto, certamente desconfiam se merecem. Nesse caso, a segunda-feira que se segue ao dia das mães, é o dia perfeito para começar a melhorar).

Calma, supermães culpadas, não as incluo na categoria acima. Essas, merecem Parabéns e um chazinho de camomila, de hibiscos, ou uma cervejinha, se preferirem, para darem uma relaxada e curtirem esse amor tão grande que bate no peito de toda boa mãe, especialmente quando se arriscam a ter 3, 4 ou até mais filhos...

Pré-mães, aquelas que têm a criança ainda aconchegada no calor da barriga, merecem saúde, tranquilidade, recursos para ter a melhor e mais linda hora possível. E que esta felicidade continue para sempre. E que possam transformá-la em alimento para o bebê.

Mães recentes precisam de saúde e o que faltar de bom para complementar a alegria inenarrável do primeiro Dia das Mães com neném nos braços, alimentados e felizes.

Mães de filhos que já foram merecem mais do que nunca muito carinho, atenção, compreensão, e abraço bem forte de criança. Eta dia difícil.

Mães de filhos que nunca vieram, sendo ou não muito chamados, merecem o mesmo abraço forte com muita risada e afilhados queridos próximos e carinhosos. Com sorte, serão mães instantâneas.

Mães que consideraram os laços de sangue apenas parte da aventura e criaram ou criam seres humanos bacanas pra esse mundo, já estão incluídas na primeira categoria, das MÃES.

As mães de todas as categorias acima, merecem também um espelho, para se contemplar e dizer "O Mundo Precisa de Mim, cheguei até aqui e continuarei nessa estrada, nesse rio, nesse mar". Depois disso, podem sorrir, ou se preferirem, dar uma gargalhada, ou ainda dançarem ou o que quiserem inventar...

E aquelas que ainda tem a esperança,a disposição, a vontade a possibilidade de serem mães, merecem dar um passo adiante para transformar a vontade em atitude...
Para estas segue um presente especial:

Projeto Recriar

Manual de Adoção dos Magistrados do Brasil
parte da Campanha da AMB em favor das crianças que vivem em abrigos


ps 1 para os filhos de mães que estão distantes (as vezes definitivamente):
Mãe nunca fica distante. Só parece. Procura bem lá dentro que ela tá aí, e te acalenta daquele jeitinho só dela.

ps 2 para a minha mãe:
Mamãe, eu te amo muito, obrigada por existir! Você merece tudo de melhor no mundo!

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sábado, 7 de maio de 2011

Voando e aterrisando


Durante um vôo, já teve a sensação de que o avião estava freando?
Pode imaginar isso? Um tanto desagradável, não é?

2003, México. Íamos uma amiga e eu da Cidade do México para León, na Província de Guanajuato. As duas apresentando trabalho em um congresso da Red POP. Conversávamos sobre isso durante o vôo animadamente, mas a conversa foi rareando, rareando até que se impôs o silêncio.

Tinha uma sensação difusa de algo estranho acontecendo, a tal freada, mas não queria assustá-la. Olhava os homens de terno que lotavam o vôo, todos impassíveis. Silêncio.
Então minha amiga comentou casualmente: eles não mandam mais a gente preencher aquele papelzinho de a quem avisar, né? Nos olhamos e caímos na gargalhada.
Pano rápido.

A explicação surgiu na volta. León fica ainda mais acima do que México DF. O avião faz o esforço de subir bastante para chegar bem lá. Daí a sensação de diminuição de velocidade como se fosse uma freiada. Ah, bom.

Porque essa história hoje? Me lembrei dela ao aterrisar em Navegantes. O avião vinha bem, mas já perto do solo, oscilava para a esquerda, para a direita, para a esquerda, para a direita.

Eu e meu vizinho de assento nos entreolhamos. Subtexto: você também está percebendo? Até que o avião tocou o solo e tudo bem.

Após a primeira freada, palmas e assobios do grupo que ocupava a ala da frente do avião. A ala de trás estranhou, afinal, não parecia ser para tanto. Até que uma senhora da ala da frente gritou: "Graças, Senhor!" e todos aplaudiram rindo.

Em tempo, amo voar. A sensação de decolar, sair do solo me é maravilhosa.
Espero continuar sentindo isso para sempre. Acho que de vez em quando voltarei ao tema. Se você quiser colaborar comentando e compartilhando alguma experiência, sinta-se à vontade! Nossa imaginação vai voar com você!

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Tem que ter quadril


José Renato e elenco em "O Telescópio" de Jorge Andrade, Uni-Rio, 1984.

Li a carta de Oswaldo Mendes no Portal Macunaíma e fiquei emocionada, mais do que isso, senti meu coração mais leve. Partir em uma fase de felicidade em cena parece deixar o espírito pronto para voar. José Renato Pécora , ou simplesmente José Renato, gostava de deixar o público com um gostinho de quero mais. Reproduzo aqui trecho da carta, para quem quiser lê-la inteira (vale a pena)
José Renato, que voltou a atuar como ator depois de 56 anos, estava em um momento feliz. O sucesso de " 12 homens e uma sentença" é, especialmente, o sucesso dele que, por ter feito a sua trajetória no teatro como diretor, desde que criou o Arena, não tinha provado o reconhecimento das plateias, em especial dos muito jovens que assistem ao espetáculo. Reconhecimento que agora ele experimentou com uma alegria juvenil que nós, que dividíamos o camarim com ele, testemunhamos nesses sete meses de temporada. O Zé ria, fazia e provocava piadas, formava o nosso coral que todas as noites desengavetava um repertório de músicas do passado, em exercício de puxar pela memória. Era assim o "aquecimento" e a "concentração" de rotina antes do espetáculo. Uma noite, de tanto rir das brincadeira do Riba, do Norival Rizzo e da Ieda, nossa fiel camareira, ele desabafou com um sorriso largo: "Vocês ainda vão me provocar um enfarte de tanto rir". Na sessão deste domingo, ele trocou uma palavra do seu texto, que só o elenco percebeu. Em vez de dizer "o velho queria um pouco de atenção" ele disse: "o velho queria um pouco mais de tempo". Me fugiu a palavra, ele se desculpou sorrindo no camarim ao final do espetáculo. Pois é, tanto ele como todos nós queríamos um pouco mais de tempo para o nosso encontro. Não fomos atendidos. Fica em nós a saudade, que dói demais. Mas fica também a certeza de que José Renato marcou definitivamente o teatro brasileiro - e, em particular, marcou a vida e o caminho de cada um de nós.
Obrigado, Zé.
Do amigo e discípulo Oswaldo Mendes


"Tem que ter quadril", dizia ele ao elenco, pondo as mãos na cintura e rebolando, onde os outros diretores na época diriam "falta tesão". Era impossível não aprender com aquele jovem de cabelos brancos, lépido, aceso, que tinha dirigido a incrível Rasga Coração de Vianinha.
A peça era "O Telescópio", de Jorge Andrade, autor que ele gostava muito. O ano era 1984, o lugar era a Uni-Rio e ele me instruía a fugir do Leo Jusi (Deus o tenha também), que podia me impedir de fazer a montagem pois eu estava apenas no 2º período. Angela Reis não pôde fazer e me indicara ao Zé, que bancou essa pra mim. E fiz a peça. Foi bom estar nas mãos do grande Zé Renato.
Não foi a única vez, em 1987, no Teatro Ginástico, ele nem me imaginava para o papel, mas Claudinha Valli, na época sua assistente de direção insistiu, Angela Vieira, estrela do espetáculo, apoiou, fiz teste e passei. De mãe fazendeira virei telefonista saidinha. A peça era "Camas Redondas, Casais Quadrados", de Cooney e Chapman, um vaudeville que ele dirigiu diversas vezes com a prática que o caracterizava. Mas acho que na faculdade ele se divertiu mais.

Adoraria tê-lo visto em cena. Claro que era excelente ator. Como era ótima, querida, adorável pessoa... Agora só devo encontrá-lo aqui, no meu coração...


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domingo, 1 de maio de 2011

Presente Raro


Amanhã vai ao ar o último capítulo de uma obra a qual acompanhei a construção.

Vi meu amor pedreiro - artífice - marceneiro - mestre - maestro, compor tijolo a tijolo, um castelo no ar.

Não fez sozinho, para isso é preciso ser parte de uma equipe, seja qual for o lugar que se ocupe nela, que aliás era preciosa. Tinha a incrível Paula Richard, a Irene, o Eduardo, a Consuelo, e claro, o Marcílio, que era o arquiteto.

O lugar do meu maestro era o da dedicação incansável, da observação arguta, do polimento delicado de quem conhece o barro de seu tijolo: a carne e a alma humanas...

Emocionou, brincou, ironizou, criticou, fez odiar e amar.
Sempre quieto no seu canto, tirava sonhos do forno e junto com todos os criadores, oferecia um banquete, que ele também foi cozinheiro.

Trabalho árduo, perseverante, exposto e oculto ao mesmo tempo. Coisas de artista que sabe que arte é em qualquer lugar e a qualquer hora, dependendo da maneira como se agarra a coisa.

É fácil amar vendo a exigência, a afinação, a irreverência de mãos dadas com o respeito.

E mais fácil ainda pra quem souber que é do Joaquim Assis que estou falando.
Ele lavou a alma de muita gente nesse Ribeirão do Tempo.

Assim é Joaquim, o homem que faz do computador um instrumento musical do qual brotam palavras que viram ações, que viram imagens, que viram sonhos, que viram canções, que viram memórias, que enriquecem gente.

Joaquim Assim
é o amor que eu ganhei
presente raro, inexistente
cavalo dado, que olho contente
(versinho antigo pra amor sempre renovado)

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