domingo, 1 de maio de 2011

Presente Raro


Amanhã vai ao ar o último capítulo de uma obra a qual acompanhei a construção.

Vi meu amor pedreiro - artífice - marceneiro - mestre - maestro, compor tijolo a tijolo, um castelo no ar.

Não fez sozinho, para isso é preciso ser parte de uma equipe, seja qual for o lugar que se ocupe nela, que aliás era preciosa. Tinha a incrível Paula Richard, a Irene, o Eduardo, a Consuelo, e claro, o Marcílio, que era o arquiteto.

O lugar do meu maestro era o da dedicação incansável, da observação arguta, do polimento delicado de quem conhece o barro de seu tijolo: a carne e a alma humanas...

Emocionou, brincou, ironizou, criticou, fez odiar e amar.
Sempre quieto no seu canto, tirava sonhos do forno e junto com todos os criadores, oferecia um banquete, que ele também foi cozinheiro.

Trabalho árduo, perseverante, exposto e oculto ao mesmo tempo. Coisas de artista que sabe que arte é em qualquer lugar e a qualquer hora, dependendo da maneira como se agarra a coisa.

É fácil amar vendo a exigência, a afinação, a irreverência de mãos dadas com o respeito.

E mais fácil ainda pra quem souber que é do Joaquim Assis que estou falando.
Ele lavou a alma de muita gente nesse Ribeirão do Tempo.

Assim é Joaquim, o homem que faz do computador um instrumento musical do qual brotam palavras que viram ações, que viram imagens, que viram sonhos, que viram canções, que viram memórias, que enriquecem gente.

Joaquim Assim
é o amor que eu ganhei
presente raro, inexistente
cavalo dado, que olho contente
(versinho antigo pra amor sempre renovado)

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5 Comentários:

Blogger Betina disse...

Duaia,
foi a declaração de amor e admiração (e pode separar um do outro?)que já li.
Estaremos a postos.
Com amor e admiração,
Betina e Edward

1 de maio de 2011 às 16:04  
Anonymous Anna Maria disse...

Duaia, não bastasse ser a cunhada que só me deu coisas boas, existe em você todo este carinho e esta admiração por meu (único!) irmão! Tudo verdade o que você fala, mas nem sempre isto é visto (e sentido!) por companheiras e companheiros. Que bom que é assim com vocês. Beijos
Anna Maria

2 de maio de 2011 às 06:48  
Blogger Zeila Sliozbergas disse...

Duaia
Adorei a composição do seu amor: pedreiro - artífice - marceneiro - mestre - maestro, como é lindo acompanhar a composição tijolo a tijolo de um castelo. Gostaria de compartilhar minha impressão desse construir, através de minha pequena experiência como coralista. À cada música pronta vejo exatamente essa realização. Beijos
Zeila

2 de maio de 2011 às 16:15  
Blogger Maria Cecilia disse...

Querida Duaia,
Que bom acompanhar, mesmo que distante, estes capítulos da convivência de vocês!
Beijos para os dois!!

3 de maio de 2011 às 21:51  
Anonymous Anônimo disse...

Duaia,
Esta homenagem fala do nosso querido Joaquim e de forma tão linda que, como você diz, entende bem quem o conhece. Mas ela fala também de você, através do belo sentimento entremeado e exposto nestas linhas, sentimento de companheira atenta e amorosa, que também entende bem, quem a conhece e admira. Beijos,
Ivete.

16 de maio de 2011 às 09:55  

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