quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Zerando o Taxímetro
O coelho entrou no táxi e pediu ao motorista: por favor, vamos para Páscoa!
O motorista ficou meio na dúvida e perguntou: pela praia ou por dentro?
Pode escolher, disse o coelho.
Durante a viagem conversaram sobre o Fla-Flu, a frente fria se aproximando, e claro, sobre crianças.
Quando chegaram, o coelho perguntou quanto era. O motorista disse conferindo o taxímetro: é zero. Hoje é dia de zerar o taxímetro, renascer, não é?
O coelho abriu um imenso sorriso e agradeceu. Desceram os dois do táxi, deram um abraço cordial e respiraram fundo. Estavam na frente da casa do motorista.
E as crianças já vinham correndo e gritando: Oba, papai chegou!!!
sábado, 23 de abril de 2011
Aleluia! E Salve Jorge!
O Sábado de Aleluia pelos franciscanos:
(...)Posso imaginar como Jesus desce aos cantos tenebrosos de minha própria existência. O que excluo da vida? Quais os lugares para os quais não gosto de olhar? Onde foi que tratei de recalcar alguma coisa, empurrar algo para as câmaras escuras de minha alma? Para onde me nego a olhar? O que pretendo esconder de mim mesmo, dos outros e de Deus? Jesus propõe-se descer exatamente a esses rincões da morte e da escuridão, para mexer em tudo o que há de escuro e rançoso em mim, tudo o que há de mortiço e entorpecido, e então despertar-me para a vida.
Os ícones da Igreja oriental sempre representam a ressurreição de Jesus com Cristo subindo do reino dos mortos, trazendo consigo os mortos pela mão. No dia de Sábado de Aleluia permito que Cristo desça até o meu reino dos mortos, para que tome todos os mortos pela mão, inclusive o que há de morto em mim mesmo, e nos reconduza à luz, a fim de despertar-nos para a vida. Cristo esteve no sepulcro. Assim, o Sábado de Aleluia convida-me a olhar para minha própria situação sepulcral. O que me caberia enterrar? Que feridas em minha história de vida precisam ser enterradas de uma vez por todas? Quando sepulto todas as ofensas, paro de usá-las como armas para agredir as outras pessoas. Não as carregarei mais em mim mesmo, como se fossem uma recriminação tácita aos que feriram em algum momento. Com isso, posso descartar minha mágoa, meus ressentimentos e minha irritação. Não preciso de mais nada disso como pretexto para justificar minha recusa a olhar a vida de frente.
Pretendo sepultar também os sentimentos de culpa que consomem e dos quais não consigo me afastar. Preciso ter confiança em que Cristo também desceu ao meu sentimento de culpa e a todo martírio interno que imponho a mim mesmo, com auto-acusações; e desceu até aí para libertar-me. Quando paro de andar em círculos em torno de minha culpa, aí sim realmente posso despertar para a vida nova.(...)
Texto extraído do livro "Viver a Páscoa", de Anselm Grün, Edições Loyola, 2003
E para completar, a oração de São Jorge...
Chagas abertas, sagrado coração todo amor e bondade, o sangue do meu senhor Jesus Cristo no meu corpo se derrame, hoje e sempre. Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge, para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, e nem em pensamento eles possam ter para me fazerem o mal, armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças quebrarão sem meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder da sua santa e divina graça, a Virgem Maria de Nazaré me cubra com seu sagrado e divino manto, me protegendo em todas as minhas dores e afliçoes e Deus com a sua divina misericordia e grande poder seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré , em nome da Falange do Divino Espirito Santo estenda-me o seu escudo e as suas armas poderosas defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza dos meus inimigos carnais e espirituais , e de todas as suas más influencias, e que debaixo das patas de seu fiel Ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a Vós sem se atreverem a ter um olhar sequer que me possa a prejudicar. Assim seja com o poder de Deus de de Jesus Cristo e da Falange do Divino Espirito Santo, Amém. Ogunhê!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Guardando a Paixão
Esse ano ,a quarta feira foi dia de se despedir de quem ia viajar, já que o feriado juntou Tiradentes, Semana Santa, São Jorge.
O dia do índio na véspera já tinha passado em brancas nuvens, mesmo com sangue vermelho dele correndo nas veias.
Daí que a gente dizia "Bom feriado e boa Páscoa". Falei isso para várias pessoas, mas a cada vez que falava me dava um estranhamento.
Era como se assistisse a um filme começando pelo final. E nessa, ignorasse toda a trama e com ela, todo o sentido. Como se não digerisse esse momento especial da Semana Santa.
Talvez seja a tal religiosidade, talvez influência de "Homens e Deuses" que assisti ontem.
Pra mim 6ª feira da Paixão sempre foi um dia reflexivo.
E descobri que essa reflexão me faz falta. Um tempo de silêncio e recolhimento para tentar digerir parte do que fica entalado ao abrir o jornal, ouvir as notícias, estar no mundo.
Quando era menina, era dia de não ouvir música, de usar cores discretas, de estar em casa, dar um tempo. Geralmente chovia na 6ª feira da Paixão. Fácil lembrar isso, porque feriado com chuva marca.
E na primeira vez que fez sol, marcou também, pois fomos à praia na Barra, dia de mar estranho no qual um colega de escola, xará de meu pai, se afogou. Ainda bem que não morreu.
6ª feira da Paixão parecia um dia interminável.
Pois descobri que esse tempo me faz falta. Uma meia trava na velocidade, no consumo, na busca pelo prazer, na overdose de informação. Se não precisasse desabafar, ordenar esse sentimento, nem blog publicava. Era dia sem jornal...
Quase nada parou. Hoje em dia não há tempo. Nem pra sentir.
Especialmente se o que se sente é o vazio. E a esperança de que ele seja novamente preenchido no domingo de renascimento.
Sinto que preciso desse tempo.
Marcadores: 6ª feira da Paixão, Páscoa, tempo
domingo, 17 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Presente
Eu sou uma mulher no mundo
Vim aqui pra outra coisa
Mesmo assim entrei
Algo me espera lá fora
Não vou me demorar
Antes quero deixar
um mimo pra vocês
Que tenha gosto bom
quando o coração provar
Marcadores: coração, dia da mulher, gosto bom, mundo
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Hoje eu não quero ir à escola
Toda hora penso nisso
Uma frase corriqueira
quem não a conhece
quem não falou um dia?
Hoje eu não vou à escola
Certamente dita ontem
Pra ouvir a recusa
de uma mãe, um pai,
um irmão, irmã, avó, avô
alguém que cuidava
vai sim, não pode faltar
vai ser o que quando crescer?
frase cravada pra sempre
na cabeça, na alma
uma negativa final
presente ao contrário
significados pressentidos
culpas sem sentido
sem sentido
como fica a vida de repente
Mas é só uma frase
Dita antes mil vezes
Dita depois mil vezes
Sem maiores consequências
Seguida de uma negativa
Sem maiores culpas
E com a tranquilidade
da consciência tranquila
Uma frase corriqueira
quem não a conhece
quem não falou um dia?
Hoje eu não vou à escola
Certamente dita ontem
Pra ouvir a recusa
de uma mãe, um pai,
um irmão, irmã, avó, avô
alguém que cuidava
vai sim, não pode faltar
vai ser o que quando crescer?
frase cravada pra sempre
na cabeça, na alma
uma negativa final
presente ao contrário
significados pressentidos
culpas sem sentido
sem sentido
como fica a vida de repente
Mas é só uma frase
Dita antes mil vezes
Dita depois mil vezes
Sem maiores consequências
Seguida de uma negativa
Sem maiores culpas
E com a tranquilidade
da consciência tranquila
quinta-feira, 7 de abril de 2011
ENQUANTO ISSO NA BONZOLANDIA...
A POESIA CARIOCA VIVE SOB UMA ÁRVORE
AO LADO DOS TRILHOS DO BONDE
ENTRE BONECOS, CORES E MUITAS HISTÓRIAS
O POETA FILOSOFA ENQUANTO BATE O MARTELO
TRANSFORMANDO LIXO EM CRIAÇÃO
NÃO FICA BEM DESALOJAR A POESIA
TIRANDO A CALÇADA DE SOB SEUS PÉS
BATER NO CORAÇÃO DO POETA
PACIÊNCIA, GETULIO,
MUITAS VEZES A IGNORÂNCIA É GROSSEIRA
E MACHUCA SEM SABER
LÁ VAI A GENTE DE NOVO TER QUE EDUCAR
OS VERDADEIROS IGNORANTES
SOBRE O REINO DA BONZOLÃNDIA...