ATRIZ

Para ser quem sou.

Estou precisando ser outras
para ser mais eu mesma.

Ilusão, Maya, Jogo, Criança
Careta, Dança, Duaia, Fogo
Ação

Posso ser tantas e tantos.
Fome de atriz.
Relógio.

Papo reto

Hoje Manoel Carlos realizou o sonho de muita gente. Fiquei feliz em ver na novela uma coisa que deveria ser até banal, mas que no cotidiano de muita gente é uma verdadeira aventura: circular pela cidade com algum tipo de necessidade especial.

Novela, é verdade, mas também uma crônica carioca, onde alguma coisa já melhorou, mas ainda há muito por fazer e conservar. O imaginário social já se modifica. Resta concretizar a autonomia lógica, necessária e querida para todos. E em todos os lugares. E contando com a responsabilidade e o respeito de todos, principiando pelo governo mas também contando com cada cidadão que desista dos inúmeros e mínimos atos que sufocam o direito alheio, como parar o carro impedindo o uso da travessia especial, jogar lixos diversos no chão, etc.

Acho que fiz discurso, mas sei lá, Viver a Vida hoje me deixou assim, com vontade de viver bem a minha vida, o que inclui saber que todos tiveram condição de fazer o mesmo.

Ainda não viu?

A exposição do Getúlio Damado no Cine Santa? Não sabe o que está perdendo. E ainda pode fazer um programinha casado: curtir a exposição, assistir aos 10% de mentira do Manoel de Barros ou ao morcego do Macalé no cinema, e escolher entre os quitutes da área, quiçá ouvindo um chorinho ou um samba delicioso...

No meio do caminho tinha o outono

Amando

No amor de muitos, de todos,
a essência e o mistério
a capacidade de transformar para melhor
para o melhor de todos

No amor de dois
É possível pressentir que se ama
Amar a essência e o imaginado

Mas para amar mesmo, só conhecendo
juntando essência, forma, conteúdo,
espaço, tempo, vivência, cotidiano
transformação, transcendência,criação
E aí sim, amar.

Arte e traquitanas

Pois é, resolvi fazer um clip com trechos de cenas de trabalhos que fiz. Sempre é necessário atualizar material na vida de atriz, mas algumas cenas ficam especialmente no coração, alguns textos descem redondos, e sendo pragmática, facilita mostrar o trabalho em menos tempo e mais condensado.
Fiz uma montagem com 3 minutos, em que a tônica foi a maleabilidade. É bom quando atores são maleáveis. Acho que sou. Vejam o clip e depois vocês me digam.

Mas confesso que a parte tecnológica da empreitada foi um pouco cansativa. Não tenho necessitado estar tão perto das traquitanas, e desta vez suei bastante. acho que o resultado valeu. E ainda deu para por no final um trecho de um chorinho feito para mim pelo Joaquim Assis. Não pus o crédito lá ainda, mas ele não perde por esperar. Assim que me animar a traquitanear de novo, coloco. Até lá, fica o clip, espero que quem veja curta e - quem sabe - gere novas cenas comigo!

Meditando nesse olhar



Ó Jesus, levai as almas todas para o céu, especialmente as que mais precisarem.
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós...

Dia da Mulher - day off

As águas de Março

Eram inesperadas depois de um dia fresco de sol, coisa rara no Rio ultimamente.
Vi a Baía de Guanabara tão linda, na Ilha do Governador, Percebi as nuvens chumbo ficando pra frente na tarde da Baixada e da Serra, depois outras nuvens já chovendo na Tijuca. À parte os transtornos, um belo espetáculo da natureza a se respeitar e ver bem de longe. E depois, os raios, trovões e água, muita água. Os pés molhados, a rua cheia, o sinal fechado.

Depois em casa, álcool nos pés, preocupação com os seres queridos e conforto do abrigo. Oxalá todos tenham isso...

Aniversário do Blog: o 1º post que fiz:

Fui olhar qual tinha sido meu primeiro post, e olha que ele combina tanto com esse momento... resolvi repetir...

Lembrei de um sonho que tive há muito tempo, bem antes da tsunami ou da "tormenta del siglo". Nele estava minha mãe, em uma estrada de barro, e eu estava dentro d'água, na praia, perto de um rochedo. Vinha uma onda azul gigantesca.
Eu via que não teria tempo de sair dali e gritava para minha mãe: Mãe, diz para todos os que eu amo que eu amo muito todos eles!

A onda imensa me cobria mas não me arrastava, e eu ficava em uma reentrância do rochedo, até sua vazante, sem me afogar, imersa, apenas sentindo aquela água azul e caudalosa passar. Saí do sonho lavada e renascida.

Ionete

Dela não tenho fotos. Mas guardo o ouvido atento, a provocação aguda e inteligente, oportuna, embora nem sempre desejada.
Guardo histórias, e o carinho, expresso nos detalhes. Um suco de manga feito pela Simone, no meio da tarde - Toma, está fresquinho, ela acabou de trazer - um café e as inúmeras cafeteiras, um financier no pires de porcelana trabalhada. Os muitos livros empilhados na prateleira de vidro, a cortina esvoaçante, os quadros intrigantes, os tapetes queridos. A elegância e o cuidado. A irreverência, o humor e a enorme cultura, que aparecia discreta entre uma conversa e outra, sempre cheia de juventude. E a generosidade que ia além de uma qualidade, era uma atmosfera. Tudo simples. Simples, não simplório.

Guardo também o abraço absurdo que não dei, porque era absurdo. Queria me livrar desse abraço. Entregar ele carinhosamente para alguém. Acho que é isso que tento fazer aqui. Mas talvez não consiga, porque aí, talvez fique somente a falta.







http://www.muitomaisreceitas.com.br/receitas/bebidas/suco_de_manga.html

Cariocas de corpo, alma e/ou coração, FELICIDADES!

Niver do meu Rio lavadinho e fresco:
Ir ao Cine Santa, comer pão na chapa da Padaria das Famílias em Santa Teresa;
descer a Hermenegildo vendo a Baía com as velas brancas dos barcos; dar uma
volta no Parque do Museu da República, curtir os camelôs da rua do Catete, o
cinema São Luiz. Passear no cheiro e nas cores da feira da Glória aos domingos,
nos bonecos de Getúlio, atravessar a floresta , entrar no túnel e cair na
Lagoa. Ir ao IMS, ao Estação, à Casa de Laura, ao Cine Leblon, curtir pão do
Talho, pastel em Pedra de Guaratiba, peças maravilhosas nos teatros... viajar no CCBB, ir pra Nicty de Barca,tomar um chopp em São Francisco no fim da tarde e voltar de ônibus pela ponte,subir a Penha, o Corcovado, o Pão, a Gávea, comer siri na Ilha, sambar nas Escolas, nos blocos pequenos , no Rio Scenarium, no Estrela, Rio Antigo, praia, praia, praia, ciclovia, pessoas, pessoas, pessoas, tudo à flor da pele, à flor da criação, driblando tudo que é anticarioca, antipático, antihigiênico, pra ficar com a beleza, o amor, a generosidade, o balanço, a simpatia - e ainda dar o endereço

Pressa

Nestes tempos de informações rápidas, as pessoas pensam ter que julgar ligeiramente.

Mau humor

É impressionante como o mau humor oblitera a inteligência
E como ninguém se lembra disso quando está com mau humor