terça-feira, 28 de abril de 2009
As vezes acontece
o medo alimenta o silêncio
o silêncio alimenta a injustiça
a injustiça alimenta a opressão
a opressão alimenta a hipocrisia
a hipocrisia mata de fome a alma
Respeito
Hoje começa uma série de postagens sobre respeito.
Respeito é o apreço por, ou o sentido do valor e excelência de, uma pessoa, qualidade pessoal, talento, ou a manifestação de uma qualidade pessoal ou talento. Em certos aspectos, o respeito manifesta-se como um tipo de ética ou princípio, tal como no conceito habitualmente ensinado de "[ter] respeito pelos outros"
Respeito é o apreço por, ou o sentido do valor e excelência de, uma pessoa, qualidade pessoal, talento, ou a manifestação de uma qualidade pessoal ou talento. Em certos aspectos, o respeito manifesta-se como um tipo de ética ou princípio, tal como no conceito habitualmente ensinado de "[ter] respeito pelos outros"
Chaleira
Se me espalhar
é cada vez melhor
estou inteira
e não sou só
se quiser
me rimo com cachoeira
com mato, com goiabeira
com praia e com chaleira
água fervendo
nessa louca ebulição, calma
que a integridade traz
e só o que quero
é ir daí pra mais
espalhar paz, amor, alegria
no palco e na coxia
trabalhar com humildade
viver com harmonia
04.09.88
é cada vez melhor
estou inteira
e não sou só
se quiser
me rimo com cachoeira
com mato, com goiabeira
com praia e com chaleira
água fervendo
nessa louca ebulição, calma
que a integridade traz
e só o que quero
é ir daí pra mais
espalhar paz, amor, alegria
no palco e na coxia
trabalhar com humildade
viver com harmonia
04.09.88
Marcadores: alegria
segunda-feira, 27 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Só até amanhã: O Santo e a Porca
Só até amanhã
Simples assim
o fim anunciado
e nem sempre é fácil
prever o fim
manter a naturalidade
deixar ir
como se o que vai
ficasse pra sempre
e a alegria também
2ªfeira não tem goiabada
não tem marmelada
2ª feira dieta
o efêmero mais efêmero
o vão mais vão
a memória mais recriada
da realidade que nunca foi
da fantasia mais bem feita
o teatro e seus artífices,
operários cotidianos do desapego
do deixar ser e não ser
com um sorriso no rosto
e a veia pulsando
porque é só amanhã
até lá
Tudo.
Simples assim
o fim anunciado
e nem sempre é fácil
prever o fim
manter a naturalidade
deixar ir
como se o que vai
ficasse pra sempre
e a alegria também
2ªfeira não tem goiabada
não tem marmelada
2ª feira dieta
o efêmero mais efêmero
o vão mais vão
a memória mais recriada
da realidade que nunca foi
da fantasia mais bem feita
o teatro e seus artífices,
operários cotidianos do desapego
do deixar ser e não ser
com um sorriso no rosto
e a veia pulsando
porque é só amanhã
até lá
Tudo.
Tatuagens

O sol lambeu minhas feridas
e hoje tenho tatuagens
cicatrizes que o coração do homem
fez romper de mim.
O sol secou minhas lágrimas
atiçou meu suor. meu cheiro.
minha garra.
1982
Marcadores: cicatrizes, feridas, garra, sol
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Caetano
Achei uma coisa que escrevi pro Caetano anteontem, em 1987...
hoje sonhei com você
e o sonho foi um beijo
liguei a tv
com saudade e por ela
eu te vi na minha sala
cantando pra mim
pensei que o que eu queria
era te conhecer,
desfazendo a distância da mídia
mas acho que meu desejo,
era virar mito pra você também.
21.08.87
hoje sonhei com você
e o sonho foi um beijo
liguei a tv
com saudade e por ela
eu te vi na minha sala
cantando pra mim
pensei que o que eu queria
era te conhecer,
desfazendo a distância da mídia
mas acho que meu desejo,
era virar mito pra você também.
21.08.87
Marcadores: Caetano Veloso, mídia, mito, sonho
quarta-feira, 22 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
Teatro - os últimos dias de uma temporada

Mas a vontade de contar aquela história, de mergulhar naquele momento,
a urgência e a necessidade daquela energia que chamam de arte,
empurram a gente por dentro até a coxia, e dali para o palco.
Aí, é só prazer.
Com sorte, chega em ondas, tudo misturado até a platéia:
prazer, história, arte, existir, energia.
Temos tido essa sorte.
Ô, coisa boa!
Marcadores: atores, O santo e a Porca, palco, personagens, temporada
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Como atravessar

Sinal dos efeitos do crescimento de uma cidade.
Motos, carros, caminhões
atentos, ansiosos, afoitos
Pedestres, bicicletas, cães
tontos, perdidos, atentos
A placa
assiste a tudo e tenta gritar
A buzina, o gesto
antes que tarde demais
E a carteira de motorista na mão
Marcadores: cidade, crescimento, Indaial, motoristas, trânsito
terça-feira, 14 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Se ainda não assistiu, venha se divertir conosco, já já acaba a temporada...
O Santo e a Porca
de Ariano Suassuna
Teatro Villa Lobos
5ª a sábado, 21h
domingo, 20h
direção de João Fonseca
com
Elcio Romar, Glaucia Rodrigues, Nilvan Santos,
Armando Babaioff, Janaína Prado,
Marcio Ricciardi e eu, Duaia Assumpção
cenário de Nello Marrese, figurinos de Nei Madeira, luz de Rogério Wiltgen, trilha de Wagner Campos, operação de luz e som de Wagner, camareira Ivete Ribeiro, contra-regra Marquinhos, divulgação Ana Gaio, produção executiva de Valeria Meirelles, direção de produção de Edmundo Lippi e produção da Cia Limite 151
O Teatro Villa Lobos fica na Av. Princesa Isabel, 440, Copacabana, tel: 2334-7153
a peça dura mais ou menos 1h e 45min
para saber mais:
críticas de Bárbara Heliodora e de Lionel Fischer
resenha no Aguarrás
galharufa
de Ariano Suassuna
Teatro Villa Lobos
5ª a sábado, 21h
domingo, 20h
direção de João Fonseca
com
Elcio Romar, Glaucia Rodrigues, Nilvan Santos,
Armando Babaioff, Janaína Prado,
Marcio Ricciardi e eu, Duaia Assumpção
cenário de Nello Marrese, figurinos de Nei Madeira, luz de Rogério Wiltgen, trilha de Wagner Campos, operação de luz e som de Wagner, camareira Ivete Ribeiro, contra-regra Marquinhos, divulgação Ana Gaio, produção executiva de Valeria Meirelles, direção de produção de Edmundo Lippi e produção da Cia Limite 151
O Teatro Villa Lobos fica na Av. Princesa Isabel, 440, Copacabana, tel: 2334-7153
a peça dura mais ou menos 1h e 45min
para saber mais:
críticas de Bárbara Heliodora e de Lionel Fischer
resenha no Aguarrás
galharufa
terça-feira, 7 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
Na barca 5
Cais da Ribeira - Ilha do Governador - Barca das 4
A água está cheia de óleo. A poluição pode ter uma beleza nojenta.
Meu primo me deu uma carona até aqui, a estação. Ele me contou que está tocando na bateria da União da Ilha. Quero ir lá sambar...
Compro um biscoito spekulatius no mercadinho pra ele levar para vovó.
Adoro quando a barca faz a curva na saída. Bebo a paisagem, com a sensação de avançar, ir adiante, mesmo com o vento contra.
(89/91)
Marcadores: barca, Ilha do Governador, poluição, Ribeira, spekulatius
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Montbläat
Nunca tive uma relação tão rápida, acabo de dizer ao Fritz Utzeri.
Cheguei para apagar a luz.
E a saída não é o aeroporto, embora lá fora brasileiros sejam "os caras".
Já não bastava ter passado a infância sob a ditadura, com a sensação de que tudo de bom tinha acontecido "antes".
Também, quem mandou ser lenta? Levei 4 anos e 1/2 para assinar um jornal tão especial.
Estamos no Brasil, onde a volatilidade é imensa, percebi isso quando acabou o Centro Cultural Rachel Rosemberg. Até o Paissandu acabou. Sem falar de outras perdas que é melhor deixar quietas. E é muito esquisito.
Pois não é que já tinha me afeiçoado ao bichinho?
Ler o Fritz, a Anna Maria Ribeiro, Boff, essa galeraça incrível conversando comigo, aqui na minha cadeirinha, chiquérrimo.
Tenho uma idéia, Fritz: que tal fazer um jornal pela rede...
Marcadores: Anna Maria Ribeiro, Centro Rachel Rosemberg, ditadura, Fritz Utzeri, jornal, Montbläat, Paissandu
Na Barca 4
Está ventando muito e hoje preferia não pegar a barca de volta para a Ilha. Mas as filas estão enormes no ponto de ônibus. Encontrei Helena, maravilhosa pianista. Está estudando para fiscal e parou o piano. Disse que fui a primeira que não a condenou. O mar está agitado. Mas está bonito. Ainda tem um pouco de amarelo carmim.
Gastei todo o dinheiro que eu tinha. Não comprei quase nada. Tem um casal atrás de mim que não para de falar. Eles são chatos.
(89/91)