Azul profundo.
Ia de carro por uma estrada que ladeava o mar.
Olhava para ele e era lindo, azul e verde, límpido, com vários tubarões neném nadando livres, como em Noronha. Vento fresco batendo no rosto.
Chego a um bar rústico, ainda fechado, com uma varanda sobre a água calma,
de um azul mais intenso.
Lá detrás vem meu pai, e diz que vai dar um mergulho.
Ele entra no mar que fica de um azul profundo, transparente, brilhante, e começa a nadar ao longe. Lembro dos tubarões e me assusto. Tento avisá-lo, pois corre risco.
De repente, lembro de como meu pai é agora e me acalmo.
Os tubarões não poderão fazer nada a ele.
Pode nadar à vontade, pois agora é espírito.
Perceber isso me dá uma alegre serenidade de tudo no lugar.