Risonho, amante da natureza, das flores, da Arte, da Agricultura Natural, ele falava que é possível criar um paraíso na Terra, pela erradicação dos 3 grandes males da humanidade: a doença, a miséria e o conflito. Estes cedem lugar à Verdade, ao Bem e ao Belo. Escreveu inúmeros Ensinamentos, de linguagem acessível e procurou concretizar cada um de seus sonhos para a humanidade.
Felicidade, Meishu Sama! Que a partícula divina que há em cada um consiga ao menos vislumbrar um pouco do Paraíso em si mesmo, nos outros, e criá-lo no mundo! Obrigada!
Ensinamento da comemoração do aniversário de Meishu Sama
PRAGMATISMO
Na mocidade, apreciei muito a Filosofia. Entre as inúmeras teorias
filosóficas, a que mais me atraiu foi o pragmatismo, do famoso
norte-americano
William James (1842-1910).
James achava que a
exposição meramente teórica da filosofia constitui apenas uma espécie de
distração; para ele, a filosofia só era válida se fosse colocada em
ação. Acho interessante a sua teoria, cujo realismo autêntico é
característico dos filósofos americanos. Aderi, portanto, às suas idéias
e me esforcei por adotá-las em meu trabalho e na vida cotidiana.
O
benefício que o pragmatismo me proporcionou naquela época, não foi
pequeno. Mais tarde, quando iniciei meus trabalhos religiosos, julguei
necessário aplicá-lo à Religião. Isto significa ampliar o campo
religioso de modo que abranja a vida em geral. Então, o político não
cometeria injustiças, porque, visando à felicidade do povo, promoveria
uma boa administração, granjeando, assim, a confiança de todos. O
industrial obteria a admiração da coletividade, pois exerceria a
profissão honestamente; seus negócios progrediriam com segurança, porque
ele mereceria a estima de seus empregados, que seriam fiéis no
trabalho. O educador seria respeitado e teria notável influência sobre
seus discípulos, educando-os com bases sólidas. Os funcionários e os
assalariados em geral subiriam de posição, porque a Fé produz bom
trabalho. A alma do artista irradiaria de suas obras, com grande
elevação e força espiritual, exercendo influência benéfica sobre o povo.
O ator, no palco, manifestaria nobreza, porque suas representações
seriam baseadas na Fé, e os espectadores receberiam o reflexo de seus
sentimentos elevados. Entretanto, isso não significa que as coisas se
processassem com rigidez didática: tudo deveria ser agradável e
atraente.
É fácil imaginar como melhoraria o destino dos
indivíduos e como eles se tornariam úteis à sociedade, se seus atos
fossem iluminados pela Fé, qualquer que fosse sua profissão ou situação.
Haveria,
certamente, um cuidado especial: o pragmatismo religioso não deveria
transformar-se em fanatismo, pois todo exagero é desagradável. A
ostentação religiosa é uma das piores coisas que há. Existem muitas
criaturas que exibem atitudes de religiosidade. Isso aborrece os outros.
O ideal é ser natural, ser uma pessoa simples, pondo apenas mais
gentileza e nobreza nos atos. Em uma frase: ser polido, eliminando a fé
grosseira. Alguns devotos têm atitudes que lembram as dos psicopatas.
São extremamente subjetivos, fazem do lar um ambiente triste, importunam
os vizinhos e suscitam desconfiança sobre a religião que seguem. A
culpa, no entanto, é de quem os orienta; por isso, o ato de orientar
requer muita prudência.
Meishu-Sama em 25 de janeiro de 1949
Extraído do Livro: Alicerce do Paraíso v. 4
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