segunda-feira, 14 de março de 2011

Sonho

No sonho, saltava de um ônibus precário, tinha apenas uma pochette vermelha e uma pequena e velha mala. O ônibus quebrara pouco antes de atravessar uma das duas pontes, a primeira e maior delas.

O motorista tentava consertar o veículo a tempo de passarmos por ela, antes que o volume d'água a rompesse. Era muita água, limpa, azulada e caudalosa, cada vez mais. percebia que não a atravessaríamos.

Já não tinha mala. Em pé, no meio da estrada de barro, sem saber o que fazer, percebia que um lado ou outro, não deveria ter tanta diferença.

Olhando a porta do que teria sido uma casa, um casal magro e velhinho, a mulher na frente, olhos puxados e as mãos, as mãos... longas e perdidas. Atrás dela, o homem, cabeça branca e olhar infantil dentro do casaco puído.

Chego até eles sem saber o que fazer. Só o que me ocorre é abraçar. Um abraço forte, onde me encontro. Onde nos encontramos.

E logo vem outros casais, outras pessoas.
Abraço muita gente.
É só o que se pode fazer naquele imediato momento antes do futuro.

Acordo.
Trago comigo todos os abraços.
Deixo com eles todos os abraços.

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