Paulo Afonso, o diretor convidado daquele semestre,
reuniu seu elenco na Sala de Espelhos
(acho que hoje é sala Nellie
Laport) e começamos um processo para montar uma peça
em torno da
biografia do Lorca. Eu faria a Argentinita, uma dançarina de flamenco.
Comecei a ter aulas e a me preparar.
Um dia, tudo mudou e nossa montagem
passou a ser "A Exceção e a Regra", de Brecht.
Passei de dançarina numa
linguagem onírica e quente a um carregador asiático expresso pelo
misterioso "distanciamento" que hoje chamamos "estranhamento".
Thiago
Justino que era dado a gostar do que eu fazia, foi ver um ensaio e disse
"está horrível".
Perguntei ao querido Paulo Afonso como preparar o
personagem e ele me disse "Procura seu lado de povo".
|
|
|
|
|
|
| Nesta época
eu trabalhava numa joalheria no centro da cidade. Usava salto alto,
maquiagem, roupa elegante para fazer a visita bilingue à fábrica e
acompanhar a venda das pedras preciosas aos turistas. A venda podia
demorar muito. |
E foi ali, depois de horas em pé, com fome e quieta que descobri o Cule, meu personagem. A maquiagem de Laim me revelou a cara dele, e ate hoje há quem comente aquele papel especificamente que segundo Thiago ficou maravilhoso. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
0 Comentários:
Postar um comentário
Legal, você querer comentar esse post!
Se tiver dificuldade, duas dicas:
Assine no corpo da mensagem (se quiser) e em "comentar como" escolha a opção "Anônimo". Saberemos quem foi porque a mensagem está assinada.
E antes de postar, escolha "visualizar", se estiver como você quer, então clique em "postar".
Desde já, obrigada pela participação!
Você só viu esse post? Que tal fazer uma visitnha ao meu blog?
Passa lá...
http://duaia.blogspot.com
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial