quarta-feira, 6 de junho de 2012

1984 A Exceção e a Regra

Paulo Afonso, o diretor convidado daquele semestre, reuniu seu elenco na Sala de Espelhos 
(acho que hoje é sala Nellie Laport) e começamos um processo para montar uma peça 
em torno da biografia do Lorca. Eu faria a Argentinita, uma dançarina de flamenco. 
Comecei a ter aulas e a me preparar. 

Um dia, tudo mudou e nossa montagem passou a ser "A Exceção e a Regra", de Brecht. 
Passei de dançarina numa linguagem onírica e quente a um carregador asiático expresso pelo misterioso "distanciamento" que hoje chamamos "estranhamento". 
Thiago Justino que era dado a gostar do que eu fazia, foi ver um ensaio e disse "está horrível".  
Perguntei ao querido Paulo Afonso como preparar o personagem e ele me disse "Procura seu lado de povo".







Nesta época eu trabalhava numa joalheria no centro da cidade. Usava salto alto, maquiagem, roupa elegante para fazer a visita bilingue à fábrica e acompanhar a venda das pedras preciosas aos turistas. A venda podia demorar muito. 
E foi ali, depois de horas em pé, com fome e quieta que descobri o Cule, meu personagem. A maquiagem de Laim me revelou a cara dele, e ate hoje há quem comente aquele papel especificamente que segundo Thiago ficou maravilhoso.










 




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